Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro de Vossas chagas, escondei-me. Não permitais que me separe de Vós. Do espírito maligno, defendei-me. Na hora da minha morte, chamai-me. E mandai-me ir para Vós, para que Vos louve com os vossos Santos, por todos os séculos dos séculos. Amém. VEJA MAIS E OUÇA
Escritor, jornalista,
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No Domingo de Ramos, comemora-se a entrada triunfante de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém.
No andor principal Nosso Senhor entra sobre um burrico na Cidade Santa.
No andor seguinte, a Mãe de Deus contempla a tragédia que se avoluma.
A entrada de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos, patenteia quanto o povo O apreciava incompletamente.
Aclamavam-No, é verdade, mas Ele merecia aclamações incomensuravelmente superiores, e uma adoração bem diversa!
Humildemente sentado num burrico, Ele atravessava aquele povo, impulsionando todos ao amor de Deus.
Em geral, as pinturas e gravuras O apresentam olhando pesaroso e quase severo para a multidão.
Para Ele, o interior das almas não oferecia segredo.
Ele percebia a insuficiência e a precariedade daquela ovação.
Nossa Senhora acompanhava passo a passo a tragédia
Nossa Senhora percebia tudo o que acontecia, e oferecia a Nosso Senhor a reparação do seu amor puríssimo.
Que requinte de glória para Nosso Senhor!
Porque Nossa Senhora vale incomparavelmente mais do que todo o resto da Criação.
Este é o lado misterioso da trama dos acontecimentos da Semana Santa.
Maria representava todas as almas piedosas que, meditando a Paixão, haveriam de ter pena d’Ele e lamentariam não terem vivido naquele tempo para tomar posição a seu lado.
VÍDEO: ENTRADA DE JESUS EM JERUSALÉM
Palm Sunday: triumphal entrance of Our Lord Jesus Christ in Jerusalem.
(english version)
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, “Catolicismo”, abril de 2003)
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"Pilatos então tomou Jesus e mandou-o açoitar. E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha sobre a cabeça".
Narra a Tradição que a santa Coroa de espinhos, referida nessa passagem do Evangelho de São João, foi recolhida pelos discípulos do Divino Salvador e conservada até o ano de 1063 no monte Sion, em Jerusalém.
Coube a São Luís IX, rei de França, a glória de ter adquirido do Imperador de Bizâncio, em 1239, essa relíquia inestimável.
Para abrigá-la condignamente, mandou construir a mais bela jóia arquitetônica em estilo gótico existente na Europa: a Sainte Chapelle de Paris.
Atualmente, a Santa Coroa de espinhos pode ser venerada na Catedral de Paris, onde se encontra protegida por fino anel de cristal, sob a custódia dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém.
Atual relicário com a Coroa de Espinhos, catedral Notre Dame de Paris
Esta Ordem Militar foi fundada por Godofredo de Bouillon, duque de Lorena, que conquistou a Terra Santa aos sarracenos, em 1099.
Ele recusou ser coroado de joias no local onde Nosso Senhor foi coroado de espinhos.
Ao longo dos séculos, vários relicários foram elaborados pela piedade católica para guardar a sagrada relíquia.
A maioria dos espinhos foi distribuída em catedrais e igrejas para a veneração dos fiéis.
O mais belo e rico relicário, foi desenhado para a catedral de Paris, em 1853 por indicação de Viollet-le-Duc, o famoso arquiteto que restaurou Notre Dame de Paris.
A base do relicário, em estilo neogótico, representa São Luiz IX, Santa Helena e o Imperador latino de Bizâncio, Balduíno de Courtenay, que sustentam uma coroa de flores-de-lis, cujas pilastras são, por sua vez, apoiadas em doze estátuas representando os Apóstolos.
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No século XII, Afonso, Imperador de Castela, sustinha renhidas batalhas contra o rei mouro de Granada.
O Conde de Barcelona acudiu em sua ajuda, fretando naves catalãs e genovesas.
Era almirante das primeiras, Galcerán Guerras de Pinós. Em seu afã das vitórias, se adiantou demasiado no território mouro e caiu prisioneiro.
Seus pais, os senhores de Bagá, estavam desesperados. O Conde de Barcelona se pôs em tratos com o Rei de Granada, para ver que resgate pedia pelo almirante Galcerán.
O Rei de Granada, enfurecido por ter perdido Almería, pediu um resgate exorbitante: cem mil dobles, cem cavalos brancos, cem vacas bragadas, cem panos de ouro de Tanis, e o que era pior de tudo, mais cem donzelas.
Os senhores de Bagá se aterrorizaram ante a última condição e decidiram que, apesar de muita dor que lhes causava ter o filho cativo dos mouros, não podiam consentir, para que ele fosse devolvido, que tantos pais sofressem a dor de ver perdidas para sempre suas filhas.
Não obstante, foram muitos os argumentos dos poderosos senhores que opinaram que o povo devia sacrificar-se, e que o almirante representava uma grande ajuda para a Cristandade.
Aquele que tivesse quatro filhas, devia entregar duas; o que tivesse duas, daria uma, e o que tivesse uma seria sorteado com outro que tivesse uma também.
Recolheram por fim, tudo quanto o Rei mouro de Granada queria e partiram, para embarcar na praia da Salon.
Entretanto, Galcerán Guerras de Pinós, estava encerrado numa masmorra imunda, sofrendo todos os horrores da escravidão. Com ele se achava também o cavaleiro Sancerni, senhor de Sull.
Várias vezes haviam tentado fugir, sem conseguir. Outras tantas quiseram subornar a seus guardas, e tampouco tiveram êxito.
Santo Estevão, catedral de Newcastle
Galcerán, que era mais jovem sonhava constantemente com sua casa de Bagá, seus salões, seus jardins e sua capela. A lembrança disso trouxe a sua mente o desejo de encomendar-se a Santo Estevão, o patrono de sua casa.
Rezou com grande fervor, encomendando ao santo sua salvação.
Terminada sua reza, os cativos viram que se havia aberto a porta de sua masmorra e um homem celestial, aproximando-se de D. Galceran levou-o para fora.
O almirante sempre cortês e caritativo, parou na porta, indicando com o olhar ao senhor de Sull, que ficaram muito assustado.
Então o santo falou, para que ele também se encomendasse ao seu patrono.
Fez assim, o cavaleiro de Sancerní, rezando com o mesmo fervor a ao Dionizio, o qual não deixou de acudir, libertando a ele também.
Ambos se encontraram caminhando livres à meia-noite e com grande surpresa, se encontraram com o clarear do dia em Tarragona.
Continuando pelos caminhos de Bagá, vieram de pronto uma multidão silenciosa que marchava em direção contrária.
Perguntaram aonde iam, e um homem de gesto grave e dolorido lhes respondeu que se dirigiam para Granada pagar o resgate de Dom Galcerán e de D. Sancerní, para o qual haviam sacrificado cem donzelas.
Os cavaleiros, então, se deram a conhecer, e entre felicitações a Deus empreenderam todos o caminho até Tarragona.
Mais tarde, quando Valencia foi libertada, o almirante mandou levantar a igreja de Santo Estevão, daquela capital, em ação de graças.
Hoje, entretanto, se recorda a aventura que tanta angustia proporcionou a tantas famílias do senhor de Galcerán, de pais e filhos, se conta as peripécias dos cavaleiros, cujos sepulcros se conservam na história do mosteiro de Santo Creno. (p.198 e 199)
(Fonte: V. Garcia de Diego, Antologia de Leyendas de la Literatura Universal, Editorial Labor S.A., Madrid-Espanha, 1ª edição, 1953).